Fall Of Olympus
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TRAMA
Quando o universo se formou, não passava de um globo disforme e vazio, não havia a separação entre os quatro elementos, tudo não passava de caos, um extenso poço de vácuo e escuridão. Então, as energias dissipadas pelo cosmo foram se aglomerando até criar uma diferente forma de poder, ainda que de difícil compreensão, chamado de Caos, não apenas verbo ao pé da palavra, mas ainda assim sendo, também um receptáculo de poder ilimitado para fazer e desfazer. Leia mais...
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Hera
Divindades
Hera
Dom Jul 19 2020, 14:26
Ajude os Moranguinhos
O dia amanhecia no Acampamento Meio Sangue e os raios solares adentravam pelas janelas do chalé de Dionísio. Maxine ainda encontrava-se sonolenta, porém sabia que as atividades diárias dos semideuses estavam prestes a começar. Sua sorte era que por ser filha do deus do vinho, não sentia ressaca. Na noite anterior seus irmãos planejaram uma festinha e a meio-sangue havia bebido todas. A prole de Dionísio se apressou quando ouviu alguém bater na porta.

— Bom dia semideusa! – Falou um sátiro logo após a menina atendê-lo. — O sr. D pede para que você vá até a Casa Grande imediatamente! Leve seus itens! – Dizia lendo um pequeno pergaminho. O homem-bode apenas deu de costas sem se despedir. Maxine buscou rapidamente seus equipamentos e caminhou até a local destinado.

Chegando na Casa Grande a semideusa se deparou com seu amado pai bebericando goles de sua diet coke. — Bom dia filha! Tenho uma tarefa pra você! – Comentou a divindade. — Essa manhã encontramos os Campos de Morango em um estado deplorável! Tudo estava destruído e pisoteado... – Disse impaciente enquanto revirava seus olhos. — Eu preciso que você encontre quem ou o que faz isso e dê uma lição! – Sorriu. Em um só gole ele bebeu todo o líquido de sua diet coke e em um estalo de dedos fez com que outra lata aparecesse. — Tá esperando o que? Vá! — Finalizou.


Missão:

Regras:
Maxine Strathham
PROLES DE DIONÍSIO
Maxine Strathham
Idade :
20
Localização :
Acampamento Meio-Sangue
Dom Jul 26 2020, 22:38

'Cause darling,

I'm a nightmare dressed like a daydream

Era simplesmente impossível voltar a dormir.

A maioria de seus irmãos já estavam acordados e tinham feito o desfavor de abrir todas as janelas do chalé, fazendo com que os raios de sol tocassem tudo e todos. A ruiva, inclusive, sentiu a temperatura subir em parte de seu rosto, onde a luminosidade do astro a acertava em cheio. Remexeu-se, mudando de posição e esperando voltar à dormir desta forma, porém, as conversas eram altas e animadas ali. Inconformada, lançou seu travesseiro na direção de uma voz absurdamente barulhenta e resmungou meia dúzia de palavras impublicáveis. O silêncio reinou logo depois, mas Maxine sabia que era devido todos terem seus afazeres, e não ao seu ataque mal-humorado.

Independente do motivo, conseguiu mais alguns minutinhos de descanso. Talvez eu perca o treino de perícia em espadas, pensou consigo mesma, mas amanhã será outro dia para treinar, então… Fechou os olhos, sonolenta. Estava quase caindo nos braços de Hipnos quando outro som a despertou. Não era as vozes de seus irmãos, contudo. Alguém batia na porta e não parecia muito inclinado a deixá-la em paz tão cedo. Suspirou, resignada de que não dormiria mais naquele dia, e levantou-se da cama. Praticamente se arrastando, chegou até a porta e a abriu.

Assim que pousou seus olhos no sátiro, teve certeza de duas coisas; realmente não conseguiria mais dormir, entretanto, tampouco iria comparecer ao primeiro treino do dia. Na verdade, talvez não comparecesse em nenhum treino daquele dia inteiro. Ou daquela semana. Se tratando de seu pai e de Quíron (e com certeza a criatura estava ali por causa deles, afinal, o dia mal havia começado e todos sabiam que era imoral agradecer por uma festa antes do café-da-manhã, no mínimo) era impossível dizer se seria uma tarefa fácil ou um pedido de suicídio.

Esperou pacientemente que o sátiro lesse o pedaço de pergaminho e, após ouvir que deveria ir até a Casa Grande, virou-se para o interior de seu quarto tão rápido quanto ele se virou para ir embora. Como era seu pai que solicitava sua presença e não Quíron, se arrumou depressa; todos sabiam que o deus do vinho tinha um humor muito volátil e infelizmente, Maxine não estava imune à fúria dele por simplesmente ter saído de seus testículos celestiais.

Cobriu seu tronco com a camiseta do acampamento, vestiu uma calça jeans confortável e botou uma bota sem salto nos pés. Amarrou a bainha de sua espada ao redor de sua cintura e aproveitou para verificar se Tragédia estava em perfeito estado. Estava. O seu bracelete, que lhe fornecia proteção, estava ao redor do pulso, como sempre. Uma vez pronta, correu na direção do local que Sr. D. a esperava, prendendo os fios acobreados em uma trança descuidada durante o caminho. Mal tinha botado os dois pés para dentro da construção quando ouviu a voz conhecida daquele que era responsável por sua metade divina. — Bom dia, filha. Tenho uma tarefa para você.

Bom dia, pai. — Abriu um sorriso forçado. Muitos semideuses sentiam inveja dela e de seus irmãos por terem o “privilégio” de viverem ao redor de seu progenitor. Eles não entendiam que não importava a distância (curta ou absurdamente longa), deuses não eram bons pais. Deuses eram feitos de vontades, poder e outras um milhão de coisas que Maxine jamais saberia, e, portanto, existia mais de um milhão de coisas mais importante para eles do que seus próprios filhos. — Uma tarefa? Eu jamais teria imaginado.

Se Sr. D. observou sua ironia, não deixou transparecer. Ele prosseguiu. — Essa manhã encontramos os Campos de Morango em um estado deplorável! Tudo estava destruído e pisoteado… — As bochechas de Maxine tomaram uma colocação rosada e, naquele momento, ela estava mais parecida com o seu pai do que nunca. — [color=#990066Eu não acredito que eu perco o meu tempo deixando aquela plantação impecável para alguém destruir. [/color]— Se referiu ao fato de ela e seus irmãos trabalharem para deixar as condições para o plantio da fruta sempre perfeitas. Não era apenas o poder de Dionísio que fazia os morangos nascerem o ano inteiro.

A expressão de seu pai a fez pensar que ele compartilhava de sua ira. — Eu preciso que você encontre quem ou o que faz isso e dê uma lição! — Maxine o encarou, terrivelmente séria. — Posso matá-lo? — Ainda que não tão sério quanto ela, o deus pareceu concordar. — Matar, capturar. Eu apenas não quero ter que acordar com uma notícia dessas novamente. — E terminou, sorrindo, embora Maxine não achasse nada de divertido naquela história toda. — Tá esperando o que? Vá! — E ali estava a prova de que deuses não se importavam com sua prole. Só queriam que suas vontades fossem satisfeitas. — Estou indo! Será que você pode, ao menos, me dar uma dessa? Eu acabei de acordar e não comi nada. Preciso de energia.

Apontou para a diet coke que surgiu misteriosamente nas mãos de seu pai. Sequer conseguia imaginar o tamanho do prejuízo que ele dava para as empresas Coca-Cola, se suas latas saíssem de algum lugar real no mundo. O Sr. D., por outro lado, não parecia muito preocupado com isso. Ele examinou a expressão pidona de sua  filha e estalou os dedos novamente. Em um piscar de olhos, outra lata de diet coke surgiu, porém, junto dela, um embrulho de sanduíche. A semideusa ergueu as sobrancelhas, estranhando o gesto. — Espero que seja o suficiente para que você não pare no caminho para comer, Maxine. Quero que dê dê um jeito nessa tarefa logo.

Estava acostumada o suficiente com Dionísio para se deixar acreditar, nem que fosse por um mísero segundo, que ele estava mais preocupado com sua saúde do que com o que ele queria. Às vezes, se questionava se parte do castigo de Zeus dizia respeito de prendê-lo com seus filhos. — Tarefa dada é tarefa cumprida, papai. Volto quando terminar. — Pegou a lata e o sanduíche e, com seus habituais passos leves, rumou em direção aos campos de morango. Não havia nada para capturar sua atenção durante o caminho; a maioria dos campistas estavam tomando café ou se dirigindo aos treinos, portanto, a jornada foi rápida.

Foi possível ver a situação dos campos antes mesmo de chegar até eles. A destruição era irregular, com focos de destruição em um ponto e outro. Ao redor dele, alguns sátiros impediam semideuses (provavelmente, prole de Deméter, que auxiliava nos cuidados dos morangos) de se embrenharem nas moitas frutíferas. Notando que as criaturas mal conseguiam realizar tal tarefa, Maxine aumentou seus passos até estar diante do grupo. — As tarefas nos campos estão suspensas por hoje. — Sua voz era alta e dominante. — Ordem do Sr. D. — Emendou, assim que notou os olhares descrentes. Seu pai poderia não ter dito nada sobre manter o local isolado, mas, se a presença de outros prejudicasse a investigação, certamente concordaria com ela.

Aguardou que as crianças semidivinas se afastassem e jogou sua latinha de diet coke, vazia, para um dos sátiros. — Continuem impedindo que curiosos se aproximem. Eu vou dar um jeito nisso. — Dando as costas aos demais, entrou nos domínios da plantação. Zanzou de um lado para o outro, os olhos atentos à qualquer pista do que poderia ter acontecido. Como já tinha notado de longe, o plantio não tinha sido destruído por inteiro; havia áreas muito danificadas, áreas pouco danificadas, e áreas em perfeito estado. Entretanto, a bagunça de folhas, galhos e frutas se estendiam por todo o ambiente.

Maxine parou em um ponto e agachou-se, observando a zona de perto. Não havia sinal de pegadas. Os galhos estavam partidos de uma maneira pouco natural, como se alguém os tivesse forçado até que cedessem. Algumas folhas estavam rasgadas. E, os poucos morangos que tinha encontravam estavam comidos. Alguém estava com fome, refletiu. E, caso realmente se tratasse de necessidade, quem quer que fosse o responsável pelo ataque aos morangos tinha carregado alguns junto. — O que significa que eu tenho um rastro para seguir. — Concluiu, em voz alta. Não acreditava que o autor do ataque continuava por ali, porém, perdeu algumas dezenas de minutos andando por cada corredor, verificando se estava realmente sozinha. Nesse momento, observou que haviam muitos poucos morangos intactos, mesmo nas áreas que não estavam destruídas, o que apenas dava mais força à sua teoria.

Após ter certeza que não havia mais ninguém na plantação de morango que não fosse ela, rumou para os limites dos campos, na direção dos estábulos. Aquele era o caminho mais próximo da floresta. E, como imaginava, mesmo após o término dos arbustos frutíferos, a bagunça continuava, ainda que em menor grau. — Já que não há mais nenhum morango, praticamente, é possível que seja um bando. Mas, um bando extremamente burro para não tomar cuidado. — Para Maxine, a missão já estava praticamente terminada. Talvez nem fosse necessário sujar sua espada com sangue; um bom susto e nunca mais haviam ataques do tipo.

Passou por trás da construção que guardava os cavalos e entrou na floresta. Já estava acostumada com aquela área, uma vez que fazia atividades ali constantemente. Enquanto caminhava, sempre seguindo o rastro de morangos, presumiu que deveria ser algum grupo de criaturas vagantes, já que não se recordava de nenhum ataque do tipo nos últimos sete anos em que vivera ali. Se seu pai tivesse lhe dado mais tempo, poderia ter passado no chalé de Athena para perguntar aos sabichões se sabiam sobre alguma história de ataque aos morangos, mas, agora era tarde demais.

Caminhou durante um tempo considerável. As árvores começavam a se tornar estranhas e a ruiva logo soube que não estava mais na área que costumava caçar bandeiras. Os morangos no chão se tornavam cada vez mais escassos, até o momento em que ela decidiu parar e buscar qualquer outro rastro. Mas, uma vez que não conhecia aquele lugar, não sabia dizer o que estava diferente. Por fim, sem mais nenhuma alternativa, Maxine se concentrou em sentir qualquer emoção que estivesse próxima de si. Buscou por qualquer coisa que destoasse da habitual vida na floresta e, em um ponto à frente, encontrou. Medo. Algo sentia um terrível medo. Não sabia dizer se era de uma das criaturas responsáveis pela destruição da plantação, contudo, era a melhor pista que tinha.

Como se aquele sentimento alheio fosse uma corda, segurou-se nele e correu em sua direção. Quando mais se aproximava, mas nítido ele ficava e, com isso, notou que não era apenas uma pessoa, mas sim várias, todas com tanto medo que suas emoções se entrelaçavam e se tornavam uma só. Foi necessário correr quase 20 metros de distância até que se deparasse com algo. Uma Myrmeke, formiga gigantesca, venenosa e difícil de matar devido sua armadura natural. E aquela era particularmente enorme, poderia ultrapassar fácil um pastor alemão. E estava olhando para Maxine, já que a semideusa praticamente pulou em sua frente ao entrar naquela área. — Ah, não.

A semideusa não teve tempo de pegar sua espada, pois a criatura se aproximou num salto absurdamente ágil. Tudo é absurdo nesta praga, ralhou consigo mesma, esquivando-se do corpo animalesco. Sentiu quando suas costas bateram contra o troco de uma árvore no mesmo instante em que a formiga se virou e foi em sua direção novamente. — Por que você está vindo atrás de mim? Eu não tenho ouro! Nem nada precioso! — Aguardou até que a Myrmeke se aproximasse, com a intenção de lhe dar uma mordida que teria sido muito dolorosa caso certeira, entretanto, no último segundo, se abaixou, fazendo com que ela atacasse o tronco duro. Rolou para o lado, abrindo espaço entre elas novamente.

O bicho soltou uma espécie de urro, assustando Maxine. Mas não o suficiente para ela perder o foco da luta. A ruiva olhou ao redor, procurando por outras formigas gigantes, afinal, ainda sentia aquele medo coletivo. Não encontrou nada, o que a deixou mais aliviada e incrivelmente confusa — não que houvesse muito tempo para processar todas as informações, pois a Myrmeke tinha se soltado do tronco e se aproximava. A cria semidivina sacou sua espada e, indo na direção da criatura, à atacou com a lâmina. Sabia que não tinha chances lutando desta forma devido a pele dura de seu adversário, porém, tinha esperanças que as estocadas ao menos lhe dessem tempo de pensar em algo mais consistente.

Erro seu.

A formiga não queria prolongar mais aquela situação e despejou ácido em sua direção. Maxine reagiu ao jato mais lenta do que o necessário e, com um grito, sentiu seu braço ser alvejado pelo veneno. Ao menos, era seu braço não-dominante, o que lhe permitia continuar segurando sua espada. Mas isso não fazia com que doesse menos. — Sua maldita. — Rangendo os dentes, lançou um olhar de ódio na direção da formiga, ao mesmo tempo em que ela emitia um chiado alto. Sabia o que ela estava fazendo; ela chamava seus companheiros. Isso significava que havia um ninho ali por perto — e que, caso eles a ouvissem, Maxine estaria realmente em perigo.

Portanto, sem pensar muito, agachou-se e pegou uma pedra, a maior que suas mãos alcançaram e, ao se levantar, tacou na direção da cabeça da Myrmeke. A acertou em cheio. — Eu estou aqui, idiota. Venha me pegar. — Precisava terminar com aquilo. E tinha que fazê-lo rápido. Mas não havia condições de machucá-la facilmente por fora, o que significava que teria que quebrá-la por dentro. E só tinha uma maneira de fazer isso, e não era nada agradável. — Venha me pegar, projeto de tanajura mal-sucedido.

Não tinha certeza se a formiga tinha lhe entendido, mas a sua pedra foi o suficiente para que ela decidisse se aproximar. E enquanto ela caminhava em sua direção, Maxine se concentrou nela, em seu estado de ânimo, procurando por qualquer fiapinho de raiva. Ao encontrá-lo, o puxou, aumentando-o, até que a criatura não sentisse nada além de uma raiva cega e lancinante. Maxie aprumou sua postura, preparando para o ataque. A criatura, agora fervendo de vontade de matá-la, corria com raiva, as presas abertas, pronta para acabar com tudo. Um sorriso obsceno tomou conta dos lábios da semideusa, que conhecia bem os sentimentos e a consequência de sentir demais; a criatura não pensaria em nada a não ser abatê-la. Não pensaria em um possível revide. Não pensaria que poderia falhar.

Próxima o suficiente, a myrmeke despejou seu ácido

Maxine se abaixou; as garras da formiga não permitiriam que ela fugisse para um dos lados, mas tampouco ela queria. Esquivou para frente, praticamente extinguindo qualquer distância entre o seu corpo e o da criatura. Sentiu ácido respingar em suas costas, porém, continuou, erguendo a mão destra e cravando a espada na garganta alheia. Ácido espirrou para todos os lados, e a semideusa manteve o rosto na direção do chão, evitando que o veneno atingisse algum ponto vital. Sentiu a criatura debatendo-se acima de si e, no instante seguinte, não sentiu mais nada.

O bicho tinha se transformado em uma nuvem de pó.

Afastou-se da poça de ácido e a primeira coisa que fez foi dar uma boa olhada em seu corpo; alguns pontos de seus braços estavam avermelhados e ardiam, bem como suas costas, embora ela não pudesse ver. Poderia ser ferimentos muitos piores caso não estivesse com sua pulseira, entretanto, o mais inteligente a se fazer seria voltar ao acampamento o mais rápido possível e se tratar. Abaixou-se na relva da floresta para limpar sua espada, banhada de ácido e licor de monstro, quando seus olhos captaram um pontinho brilhante.

Guardou Tragédia em sua bainha e seguiu o brilho. Ele a levou até a árvore que tinha sido encurralada pela myrmeke. Sabia disso pois a marca da mandíbula dela tinha talhado o tronco numa forma abstrata e antinatural. Mas esta não era a característica mais marcante da árvore. Na parte inferior, havia um buraco aberto que, em vez de demonstrar o interior da planta, brilhava com fios acobreados; uma mistura única de ouro e ferrugem. Poderia ser uma roupa muito cara e valiosa, se não fosse um par de olhos que encaravam Maxine. — Mas que diabos… — Enfiou a mão dentro do buraco e pegou aquela… Coisa. Media o tamanho de seu antebraço, entretanto, por baixo de todo aquele pelo, possuía um corpo humanoide. E o rosto... O rosto era o mais estranho, era um rosto lupino, com olhos esbugalhados.  — Mas que diabos é você? Uma quimera? Ai! — Soltou a criaturazinha quando ela lhe arranhou e voltou correndo para o buraco da árvore.

Deixa eu adivinhar. — Resmungou, abaixando-se novamente para encarar o buraco. — Foram vocês que bagunçaram a plantação de morango. Dá pra sentir o cheiro adocicado em vocês. E, aí, se depararam com aquela myrmeko, que ficou fascinada com brilho do pelo de vocês e, quando eu apareci, ficou fascinada com o brilho do meu cabelo, que é muito bonito. — Obviamente, as criaturas não a responderam, mas, Maxine tinha quase certeza de que estava certa. Ao menos, ela tinha certeza que seu cabelo era muito bonito. — Bom, eu não posso deixar vocês escaparem impunes, então… — Tirou a sua espada da bainha mais uma vez.

Não estava com vontade de matá-las; a batalha com a formiga gigante tinha sido o suficiente para aplacar seu ódio. Porém, seu pai tinha sido bem claro ao enfatizar que deveria dar um jeito no problema. — Saiam daí. Agora. — Obviamente, as criaturazinhas não saíram. Maxine teve que puxar uma por uma e, quando chegou na última delas, percebeu que estava morta. Era um corpo razoavelmente maior do que as demais, provavelmente, era o líder daquele bando. Ou a mãe. — Ai, ai, ai… — Se virou. Tinha tirado um total de cinco criaturinhas do ninho. Todas elas tinham o pelo adocicado e sujo de morango. Não havia dúvidas que elas tinham sido as responsáveis pelo ataque. Mas Maxine sentiu pena da expressão tristonhas estampadas no rosto animalesco delas. Sentiu pena do medo que exalava como um perfume. Não queria mais puni-las, não quando já tinham sido castigadas o suficiente, ao que parecia.

Seguinte. Eu vocês vão embora. Para beeeem longe. E não vão mais aparecer no acampamento. Entederam? Ah, claro que não. — Guardou sua espada e pegou as criaturas nos braços; elas lhe mordiam e arranhavam com uma força surpreendente, mas, não fariam tanto estrago. Não se fosse rápida. Maxine se enfiou ainda mais adentro daquela floresta, até um ponto que julgou longe o suficiente para que os bichos em seus braços não soubessem como voltar. — Isso é para o bem de vocês. Se tornarem à atacar a plantação de morangos do acampamento, eu vou ter que matá-los. — Deixou que caíssem no chão. Ameaçou a tirar sua espada da bainha, apenas para assustá-los e, quando começaram a correr para longe, não deu as costas até que os tivesse perdido de vista.

***

O sol estava se pondo quando deixou as árvores. Não tinha notado o quão longe havia ido na floresta e, ao regressar, se preocupou em não chamar a atenção de qualquer outra criatura que estivesse à espreita. Refez o seu caminho por trás dos estábulos e passou pelos campos de morango, avisando aos sátiros que já era permitido que iniciassem a reconstrução da plantação. Em seguida, rumou na direção da casa grande. Seu pai estava na área exterior, sentado em uma cadeira de balanço, com sua fiel diet coke na mão. O estômago de Maxine roncou. — E então? — O deus questionou, assim que ela terminou de subir a pequena escadaria. — Myrmekos. Encontrei uma delas próximas de uns bichos sujos de morangos. Acho que ela estava alimentando-os para ficarem mais gordinhos e se tornarem refeições maiores. Vai saber. Eu a matei, mas não encontrei nenhum ninho por perto de onde estava. Talvez fosse uma desgarrada.

Não era completamente verdade, mas, também não era completamente mentira, afinal, encontrado uma myrmeko que estava caçando uns bichos empanturrados de morangos e não tinha encontrado nenhum ninho delas próximo ao local; havia procurado na volta. Tudo era questão da maneira que dizia e se deixaria seu pai satisfeitos. — A matou, é? — Maxine assentiu, e mostrou os braços queimados de ácido. — Enfiei a espada dentro da goela dela. Precisa de mais alguma coisa, ou posso ir me curar? — O Sr. D. negou e fez um gesto que ela poderia se retirar. Sem dizer mais nenhuma palavra, Maxine se dirigiu até a enfermaria.

Seu pai tinha desconfiado de qualquer uma de suas palavras, não tinha deixado transparecer. Apenas esperava que ele jamais soubesse dos bichinhos que tinha poupado.


Objetos:

Poderes:


Habilidade de Personalidade:

Observação:
Hera
Divindades
Hera
Sex Jul 31 2020, 01:02
AVALIAÇÃO
Olá prole do vinho, gostaria de te parabenizar pela sua missão. Você narra super bem, sua escrita é muito boa. Encontrei pouquíssimos erros ortográficos e alguns erros de código. Tente reler seu post quantas vezes for necessário.

Você realizou de forma muito criativa o que foi proposto, e eu curti muito isso. Eu fiquei preso na sua narrativa do início ao fim. O diálogo com seu pai foi ótimo e os desafios que você criou no decorrer de sua missão também foram muito bons.



• Valor máximo 1000XP + Dracmas

• Escrita e gramática: Pontos poderão ser descontados caso hajam palavras escritas errado ou erros de concordância. (20%)

• Criatividade e inovação: Fuja do óbvio, sempre há uma forma mais divertida de se cumprir qualquer objetivo. (20%)

• Coerência: Esse golpe realmente faz sentido a partir da posição em que você se encontra? Será que seu personagem realmente sabe dessa informação que você pretende usar? (40%)

• Perícia em combate: Você conseguiu demonstrar uma boa descrição da forma como usa sua arma ou desfere golpes no inimigo?(20%)


Escrita e gramática: 16%
Criatividade e inovação: 20%
Coerência: 25%
Perícia em combate: 17%

Total: 78%

Recompensa: 780 XP + 250 Dracmas + 2 pontos em Espada/Escudo

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