Fall Of Olympus
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TRAMA
Quando o universo se formou, não passava de um globo disforme e vazio, não havia a separação entre os quatro elementos, tudo não passava de caos, um extenso poço de vácuo e escuridão. Então, as energias dissipadas pelo cosmo foram se aglomerando até criar uma diferente forma de poder, ainda que de difícil compreensão, chamado de Caos, não apenas verbo ao pé da palavra, mas ainda assim sendo, também um receptáculo de poder ilimitado para fazer e desfazer. Leia mais...
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Dom Dez 24 2023, 01:04
Relembrando a primeira mensagem :


Yuliya Martin
MENTALISTAS DE PSIQUÊ
Yuliya Martin
Idade :
20
Localização :
Acampamento Meio Sangue
Qua Jan 03 2024, 18:21


EuConselheiros



---
---
Chalé de Hades


A Centelha


A Profecia


Juntar conselheiros de chalé não garante tranquilidade e serenidade alguma para emitir decisões importantes. A maioria logo expressa seus sentimentos e emoções em jogo, o que geralmente perturba a ordem.

Mais conselheiros apresentaram suas ideias e percepções - algumas mais relevantes que outras - e algumas coisas estranhas acontecem. Lance quebra o braço de seu trono. Eliot fala bem; a consulta ao Oráculo sempre faz parte de toda expedição, decisão ou missão desse calibre.

Connor chega atrasado e se revela como o novo Oráculo, dizendo que não estava na sua a hora ainda, mas aparentemente, tempo é um luxo no qual não temos mais. Joe se irrita com ele por não ser ágil o suficiente para fazer o que deveria. Maxine se irrita com Augusto, mas logo recebe uma resposta à altura. Acho os questionamentos dela válidos, mas talvez o modo de dizer não tenha sido muito adequado.

Outro garoto atrasado aparece quase morto; sua aura não parecia em nada parecido com nenhum filho dos Grandes, tampouco de demais olimpianos ou deuses menores. Joe rapidamente o ajuda com suas habilidades de cura, mas seu comentário me intriga: “Ele não morre”.

– Como? Quem é ele?

O Conselho está prestes a se tornar um caos e eu penso se poderia usar alguma forma telepática para comunicar todos ao mesmo tempo, causar algo em suas mentes, apenas para resetarmos aquela reunião. Mas foi então que uma Névoa verde passou a tomar conta do local; era Connor prestes a profetizar algo.

Mesmo não tendo o destino tão facilmente traçado, por ser filha da Deusa dos Caminhos, escuto tudo atentamente por dois motivos. Posso gravar toda ela em minha mente, sem erros, sem esquecer-me de parte alguma, pelo tempo que for necessário. O outro motivo, é para conduzirmos da melhor maneira a missão; podemos encontrar direções, pistas, também através dela.

Segundo a profecia proferida por Connor, meu palpite parece estar certo; algo grande está despertando. Cavaleiros? Já li sobre inúmeros heróis, monstros, guerreiros, deuses, primordiais, gigantes, mas… cavaleiros? Talvez aqui já deva ser onde começar a investigar. O sono vigia? Hypnos? Ou só os deuses se comunicando nos sonhos como Hermes fez?

– Bom, acho que já ficou claro que algo está despertando. Confesso que desconheço do que se tratam esses Cavaleiros. Alguém tem alguma ideia? – deixo o questionamento no ar.

O restante ainda era algo a decifrar, então no momento é melhor deixar de lado. Suspiro um pouco, colocando os pensamentos em ordem e voltando a focar no que mais importa.

- Eu me candidato para sair do acampamento.


code by emme
Maxine Strathham
PROLES DE DIONÍSIO
Maxine Strathham
Idade :
20
Localização :
Acampamento Meio-Sangue
Qua Jan 03 2024, 19:13

'Cause darling,

I'm a nightmare dressed like a daydream

Maxine ouviu Gus, impassível. Era difícil dizer que estava brava, já que tinha sido abençoada pelo dom da atuação, e sua expressão estava petrificada numa máscara de indiferença. A ponta de seu nariz, porém, estava avermelhada. Quem a visse, poderia julgar que ela estava, como Gus tinha dito, bêbada, mas, um pouco de estudo teórico e descobririam que os filhos de Dionísio não poderiam ficar bêbados — nem mesmo se tentassem muito. E Maxine frequentemente tentava.

Jogou os fios ruivos para trás dos ombros; o gesto rígido talvez deixasse um pouco mais claro que ela estava se esforçando para não esfolar o semideus vivo. — Augusto, se você não consegue superar o fato de que o seu pai mágico não te dá atenção, o problema não é meu, tipo… Você já tem vinte anos, supera. Agora, o que é o meu problema, e de todos os outros conselheiros dentro desse chalé, é que temos que ter o discernimento de não colocar os nossos irmãos em perigo desnecessário. Então, seja um pouquinho coerente, e pense você: se ele nunca apareceu em seis anos, por que ele apareceria agora? Se você nunca o viu, como você tem certeza que é ele?

Nunca conseguiria entender Gus, isso era fato. Maxine sempre soube quem era e, quando pisou pela primeira vez naquele acampamento, foi seu próprio pai quem a recepcionou. Mas, mesmo nos raros momentos em que se sentiu sozinha e desamparada, sempre se encontrou em si mesma; não precisava de um deus, um mortal ou de qualquer outra criatura que fosse para dar sentido à sua existência. Portanto, todo aquele desespero alheio lhe soava apenas perigoso. E ela sabia que qualquer emoção desequilibrada de um semideus poderia ser uma lâmina fatal nas mão erradas.

Fez menção de voltar a falar, mas Connor, que tinha sido bombardeado de questionamentos desde que afirmou ser o Oráculo, finalmente pareceu apto a fazer a sua coisa. Max se calou quando a fumaça esverdeada começou a rodeá-la, e deu alguns passos para trás ao ouvir as palavras que mais pareciam sentenças proferidas contra o seu ouvido. O sonho de um semideus poderia facilmente ser manipulado, mas não o Oráculo dos Delfos. Ela suspirou, baixinho, notando que, não importava o quanto quisesse manter seus irmãos a salvo, algo iria acontecer.

Estava muito envolvida com as palavras de Gus e de Connor, para dar atenção ao que acontecia além deles. — Você conseguiu. — Murmurou para Augusto, ainda assistindo o filho de Apolo retornar a si. Acabou se aproximando do ladrãozinho quando abriu espaço para o Oráculo. — O Monte Etna fica ao leste brilhante. Você vai conseguir seguir seus sonhos e, talvez, encontrar seu papaizinho no caminho. Está satisfeito agora? Ou finalmente caiu em si sobre o perigo que ‘tá correndo? — Apesar do tom manso, Maxine estava claramente descontente com aquela situação. Não entendia como todos não estavam.

Antes que Gus tivesse a oportunidade de respondê-la, porém, ela acrescentou: — Aliás, se falar daquele jeito comigo de novo, eu vou embaralhar a sua mente de tal maneira que se jogar naquele vulcão vai parecer um mergulho na piscina. — Não o encarou em momento algum, nem mesmo quando se distanciou, aproveitando a distração que o Oráculo causou para voltar a ficar próxima das portas do chalé. Supunha o que todos imaginavam, que ela não iria deixar o acampamento, provavelmente, com medo de abandonar o papai, então manteve-se quieta, e visivelmente emburrada.
Eliot Amery Martinez
PROLES DE POSEIDON
Eliot Amery Martinez
Idade :
22
Localização :
Casa do caralho
Qua Jan 03 2024, 22:25

Vou ser completamente sincero com você, querido leitor: são poucas as coisas ou pessoas que conseguem me tirar levemente do sério, e Maxine tem esse dom especial de ser incrivelmente irritante e linda, diga-se de passagem. Talvez seja algo relacionado à sua péssima linhagem paterna ou seu jeito de gostar sempre de estar sob um pedestal e se sair por cima de todas as situações, não sei. De qualquer forma, dei meu melhor para apenas manter um sorrisinho afetado enquanto sentia toda a água evaporar do corpo de tão SECADO que fui. Ela me quer tão pelado assim?

Bem, a chegada da líder do chalé 12 foi o suficiente para gerar um clima instável no ambiente. Revirei instantaneamente os olhos e dei as costas pro blá-blá-blá da ruiva, indo procurar um copo d’água naquele mausoléu que chamavam de chalé. A caverna do Batman devia ser mais iluminada que aquele lugar. Enquanto me afastava em busca de uma fonte para matar a sede, ia acompanhado as falas cheias de confiança e estupidez da outra. Era claro que Maxine colocava seu pai acima de tudo e todos, quando na verdade ele não passava de um velho beberrão que, para evitar uma cirrose divina, fora proibido de consumir álcool pelo outro velho pulador de cerca.

Enchi um pequeno copinho de plástico e retornei para a roda, me posicionando ao lado direito de Gus, que rebatia a grosseria de Maxine dizendo tudo o que metade do acampamento gostaria de dizer a ela. Repassei os olhos pelo círculo, levemente alheio às discussões (outra coisa que me tira do sério são brigas sem sentido), observando um projeto de defunto que apareceu do nada, e só voltei a dar atenção quando Connor, que havia se revelado o oráculo, começou a ser possuído por alguma coisa, que não era o ritmo ragatanga. Suas orbes foram tomadas por branco, e uma aura bizarra recaiu sobre a sala. Não me contive. — Caralho.

A sala caiu em um profundo silêncio enquanto o garoto de Apolo proferia a profecia. Infelizmente, não tive outra opção a não ser ouvir atentamente cada uma das palavras ditas ali. Dei uma leve afastada da fumaça verde que serpenteava tal qual uma cobra pelo chalé. Sabe-se lá de onde veio esse troço. Quando as palavras encerraram, o ar pareceu se purificar instantaneamente. A aura esquisita, como se se tivéssemos entrado dentro daquele seriado Stranger Things, pareceu se dissolver, e consegui respirar tranquilamente.

Não por muito tempo.

— Então, mais uma vez, nós vamos ser enviados para umas férias mortais contra algum ser milhões de anos mais velho. Perfeito! — Minha fala era carregada sarcasmo, e dei uma bebericada no copo de água, que voltou a se preencher quase instantaneamente. — O único conhecimento sobre Cavaleiros que eu tenho veio todo de Supernatural, então não me voluntario para explicar mais sobre o tema. — Dei de ombros, encarando Yulia, a conselheira do chalé de Hécate, por alguns segundos. Porém, antes que eu tivesse tempo para voltar a raciocinar como um bom símio, aquela voz voltou a ecoar na sala.

Foi tudo muito rápido. As palavras de Maxine me atingiram de uma forma errada, mesmo que não tivessem sido direcionadas a mim. Apertei o copo de plástico com mais força do que deveria, e, ao invés da água se esparramar pelo chão, seu volume quadruplicou e saiu como um jato chicoteando na direção da campista de Dionísio. Não tive controle, foi puramente instinto. No outro segundo, Maxine estava encharcada.

— ¿Que dices puta? — Foi o espanhol mais arranhado que já falei em toda a vida.

Amassei o restante do plástico entre os dedos e joguei-o ao chão, dando um passo na direção da ruiva. — Beleza, todo mundo aqui já entendeu quão abençoada você é por ter um pai alcoólatra, que a principal diversão é deixar humanos loucos. Eu sei, você sabe. Caso não se lembre, minha irmã é filha de Dionísio, e é graças a ele que nossa mãe não ‘tá mais aqui. Acho que antes de sair por aí se gabando, você devia pensar por dois segundos que o merda do seu pai não LIGA pra você. Sua função é buscar vinho na merda da cozinha, porque Zeus impediu ele de pegar com as próprias pernas. — Bufei, levando o punho cerrado até a boca. Meus olhos encararam a outra, a raiva transbordava. — Augusto teve um sonho, Connor recitou a profecia. Para de olhar pra porra do seu próprio umbigo, porque aparentemente é só isso que você sabe fazer, e andar por aí como se fosse a dona do acampamento. Você, eu, Gus, e todo mundo aqui não passa de formiga nessa merda que tá rolando e é especialmente irritante te ver tentando se colocar em uma posição mais favorecida só porque o merda do seu pai tá preso aqui junto com a gente, e isso te faz sentir minimamente especial por uma presença inútil. — Relaxei a mão, deixando-a cair ao lado do corpo.

— É óbvio que você não vai sair debaixo da asa do seu papai querido, porque se algo correr mal, você vai lá procurar ajuda. É por isso que nada funciona, Maxine: você é uma puta de uma egoísta mimada, e ninguém quer se envolver com tipos assim. Não precisa fazer seu discurso de se importar com seus irmãos, porque todo mundo consegue ver que você só se preocupa com seu cabelo e com essa sua carinha bonita. — Reiterei, com a voz um pouco mais calma. Se ela ainda tivesse neurônios, compreenderia perfeitamente. Talvez a última frase não tenha sido necessária, mas soltei totalmente sem pensar.

Angelique Bittencourt
PROLES DE ÉRIS
Angelique Bittencourt
Idade :
16
Qui Jan 04 2024, 00:17


"Reunião de Conselheiros"


" A reunião dos líderes de chalé acontecia, enquanto uma aura de paz e serenidade me invadia. Cada semideus que entrava ali, levava consigo bagagem e experiência divina. Eu reparava em cada semideus que entrava,para apresentar seu ponto de vista.

Ouvi Joe falar, ele emanava um cheiro de rosas familliar que era comum aos filhos de Afrodite.  Ele precisava cuidar da enfermaria e eu preciso cuidar do meu chalé. Mas havia um sentimento de tranquilidade em mim, afinal de contas não estava extremamente preocupada.

Olhei para todos que ali estavam e questionei afinal estava extremamente curiosa para saber os detalhes de tudo:

— Então como vai ser?Qual que é a encrenca da vez? Meu olhar era brilhante, o conselho estava um caos e como filha de Éris estou apenas aproveitando o show. Olho de um para outro pois acabara de chegar, tentando entender, qual que será a missão que acontecerá. Se Connor é o oráculo então com toda certeza seria uma profecia arriscada.

Cada palavra que ouvia ali naquela reunião do conselho, me arrepiava a reunião estava emocionante. Sabendo como a névoa trabalha em nosso mundo, as notícias mortais poderiam incomodar, pode ser algum poder maior despertando. Mas ainda estou tentando entender e pergunto, afinal estava extremamente curiosa:


— Com que tipo de situação estamos lidando aqui? Estava aguardando os pronunciamentos dos semideuses, que aqui estão, afinal quero que alguém me explique o que está havendo. Eu não estava entendendo não tenho conhecimento sobre os cavaleiros, então não irei participar desta missão









LFG@
Terrence McKinney
DEVOTOS DE HERA
Terrence McKinney
Qui Jan 04 2024, 15:18


crisis
Mediante a aceitação geral das propostas por ele sugeridas, Terrence abriu margem para que o conselho debatesse sobre a intervenção do oráculo do acampamento a respeito do suposto sonho profético de Augusto. A discussão, no entanto, não durou muito, especialmente quando Connor, líder do chalé de Apolo, revelou sua ocupação como áugure, surpreendendo grande parte da parcela dos representantes presentes, especialmente McKinney.

“Arre, égua! Fico contente por ‘ocê, Connor. Quíron escolheu bem” congratulou o camarada, espalmando gentilmente o ombro de outrem. Sabia o quão escassas eram as oportunidades para que um semideus conseguisse provar seu valor diante dos deuses, de conquistar espaço para a glória e reconhecimento - fosse em posições de prestígios, ou no campo de batalha. “E aproveitando que ‘ocê tá aqui, pode dizer pra gente se o alerta que o Gus teve em sonho é algo que devemos nos preocupar?” inquiriu, apreensivo.

Contudo, antes que obtivesse uma resposta concreta, os eventos que se desencadearam no âmago do chalé de Hades o deixaram em estado de apatia. Assombrado, testemunhou a aparição repentina de Gregorius, filho de Érebos, que surgiu gravemente ferido em meio ao conciliábulo. O instinto paterno – característica inata advinda das prendas de sua mãe celestial, Deméter – o coagiu a ser um dos primeiros a prestar socorro ao rapaz, apressando-se a se debruçar sobre Wasser e analisar a gravidade do bem-estar do sujeito.

“Ai, minha santa mãezinha! O que aconteceu com ‘ocê, Gregorius?” de feição aflita e tom urgente, as írises acastanhadas esquadrinharam a quantidade alarmante de machucados espalhados pelo corpo delgado, volvendo a mácula de onde sangue vertia em abundância.  Apoiou a mão destra contra o torso nu do rapaz, beirando as omoplatas, enquanto a mão livre o segurava por um dos antebraços, servindo de amparo. Por sorte, Joe McDean, chefe dos curandeiros locais, fazia-se presente na reunião, e não tardou a realizar os primeiros socorros.

Terrence, admirado com as habilidades de cura do profissional, o assistiu tratar, costurar, desinfetar e suturar os ferimentos expostos com exímia eficiência. Durante o procedimento médico, tudo o que McKinney fez foi se manter estático, pressionando o punho de Wasser em sinal de apoio – não que precisasse, tendo em vista que excedendo-se pela feição exaurida, Gregorius exibia uma força insólita.

Compenetrado na desenvoltura do atendimento, sorvendo dos cuidados prestados por Joe, sequer percebeu o pequenino desentendimento entre os conselheiros em decorrência das fortes opiniões de Maxine – as quais Terrence também partilhava, em partes. Quando a cabine fora tomada por uma energia densa e auspiciosa, Terry deu conta, então, da ocorrência assombrosa no perímetro.

Ergueu os olhos a tempo de flagrar Connor em uma espécie de acesso espiritual, sibilando um punhado de versos desconexos que espiralavam no ar em forma de névoa. Semblante impassível, orbes lívidas, postura empertigada. Era a primeira vez que Terrence presenciava a prenunciação de uma profecia, arrepiando-se por inteiro com tal episódio.

Mesmo após o término da manifestação, fragmentos do presságio permaneciam bastante vívidos em sua mente. Três juntos devem partir, dois juntos regressarão. O prognóstico fazia menção ao infortúnio de um dos missionários que, possivelmente, não retornaria ao acampamento caso embarcasse naquela jornada. Um mau agouro. Mas para quem? Profecias eram complicadas, de fato. E ainda que não faltasse coragem entre seus comparsas, temia pela segurança de cada um deles.

Terry despertou dos devaneios tão logo o silêncio na sala se rompeu, conglobado por desavenças entre Agusto, Maxine e Eliot – tendo este último, em um ato de cólera, arremessado um copo d’água contra a filha de Dionísio, o que deixou Terrence embasbacado. A educação cavalheiresca de berço, comum em muitos lares rurais do Texas, não permitiu que assistisse a cena de boca calada, levantando-se de supetão para dar fim ao descaso.

“CHEGA!” rugiu, estilhaçando a calmaria que ainda o preenchia. Outrora conhecido pela doçura e gentileza, Terrence agora performava um outro lado de sua personalidade que raramente emergia da carapaça serena; austero, severo e mandão. “Isso é inadmissível, Martinez! Recomponha-se antes que eu esqueça que ‘ocê é um conselheiro” ralhou, cortando a pouca distância que o mantinha separado de Strathham.

Em meio ao percurso, desacoplou a bolsa transversal que carregava atada ao ombro, enfiando o braço no interior do acessório – pequena, seria impossível, pelo ponto de vista da física, considerar que o compartimento fosse capaz de resguardar dos dedos ao ombro de alguém de sua constituição. Ainda assim, Terry conseguiu, dada a magia infundida no objeto, pescando uma toalha limpa a qual entregou a Maxine, de bom grado. Mesmo durante um sermão, não deixava de cuidar dos seus.

“Não é o momento de discutir ideologias! Pouco importa a opinião de ‘ocêis a respeito de seus pais, mas como ‘ocêis agem impacta diretamente em cada um de nois” voltou-se para a trupe, sério, varrendo o olhar inflexível por cada semblante, exigindo a atenção de todos os que se mantinham na cabana. “Desde o incidente em São Francisco, perdemos contato com o acampamento romano. Sabe-se lá o que tenha acontecido com nosso diplomata...” era sabido o quanto o assunto era delicado, mas antes que outra discussão se acalorasse, Terrence elevou a mão, silenciando as linguinhas nervosas. “Ontem, Augusto teve um sonho envolvendo um desastre ecológico no Monte Etna, e agora uma profecia nos foi revelada. Se ‘ocêis não são capazes de perceber a seriedade da situação, sugiro que repensem seus lugares nesse conselho”

Como líder da seita de Hera, à Terrence fora abonado o talento de intermediar conflitos. Podia exprimir uma aura de autonomia, quando necessário, e conforme o desenrolar dos eventos, compreenderiam a importância de abusar da graça divina. Era pouco o tempo que possuíam para resolver o enigma e conter a ameaça apontada na profecia. Terrence os amava, de verdade, mas não poderia permitir que a discussão tomasse rumos desnecessários.

“Maxine tem razão. Quíron é um guerreiro milenar, e já viu coisas por esse mundo mais que qualquer um. Lorde Dionísio, por outro lado, é nosso guardião enquanto permanecemos nesse camping, quer vocês aceitem ou não. Logo, precisamos contar a ambos o que sabemos, para que nos ajudem a compreender o presságio” recaiu-se, rapidamente, sempre o homem que amava, tentando discernir o misto de emoções avistado na feição jovial. Preferia que Augusto não se ressentisse por não tê-lo apoiado na intriga, mas conversariam depois, num outro momento, em privado. Conseguinte, fisgou a cintura de Maxie, no entanto, como forma de privá-la de buscar por retaliação. Amigos de longa data, sabia do gênio arisco da moça, e do qual problemática ela poderia ser quando não contida.

“Há algo a ser resolvido antes. A missão exige dois grupos, e como esclarecido, nem todos retornarão” engoliu com dificuldade, forçando o pomo-de-adão a expurgar o bolo que se formava na garganta. “Alguns precisarão permanecer aqui para cuidar das atividades do camping, como Joe e eu. Também, podemos recorrer aos campistas que não fazem parte deste conselho para que aceitem a busca. Conheço muitos semideuses talentosos que teriam um ótimo desempenho...” mas seria ele capaz de pedir tamanho sacrifício? Eram tão jovens, com uma vida inteira pela frente. O que os deuses haviam feito por eles, aliás, que valesse ariscar a vida em prol da manutenção do equilíbrio do acerco grego?

“Exceto por Yulia, que foi a primeira a se voluntariar, quem aqui e agora se oferece para a missão?” intimou, porém, em alto e bom som, aguardando por manifestações. No mesmíssimo instante, Terrence visou Augusto, e lançou a ele um olhar frígido, desencorajando qualquer ato de bravura – ou estupidez – que o compelisse. Não se atreva, pensou, encarando-o. O verso da profecia que ditava a falha de um dos missionários ainda presente no subconsciente, e Terry o repetia como um mantra, implorando para que Augusto permanecesse quieto.

Não se atreva, não se atreva, não se atreva, não se atreva...

Terrence os amava, de verdade. Mas estava disposto a sacrificar a vida deles pela de Augusto. Assim como a dos deuses, e até a sua própria, porque ele o amava mais que a qualquer outra coisa.
Gregorius vön Wasser
PROLES DE ÉREBOS
Gregorius vön Wasser
Qui Jan 04 2024, 20:11
Son of the Nothing
Assim que os joelhos de Gregorius tocaram o chão, a dor insana nublou sua mente e perdeu o raciocínio sobre as reações à sua chegada. Sua perguntinha em tom de calmaria não refletia o que realmente seu corpo sentia e, embora a dor fosse demasiada, logo pôde notar o Conselheiro de Hermes, Augusto, orientar o líder dos curandeiros, Joe, a curar o Filho de Érebo.

Também sentiu o toque de Terrence, filho de Deméter, em seu braço.

Logo que Joe inundou o ar com o cheiro de ervas medicinais que, aparentemente, saíam de seu colar, Gregorius sentiu as feridas externas serem fechadas, tanto no seu abdômen quanto em suas costas. Ferimentos periféricos, como em seus pulsos e em seus tornozelos, também foram curados com certa facilidade.

Gregorius sorriu com simplicidade, tocando levemente o rosto de Joe em agradecimento. Também tocou os dedos do Filho da Agricultura, agradecendo silenciosamente.

Agradeço sua gentileza, Joe. Por um segundo, pensei que você me deixaria agonizando. — Gregorius sorriu pela última vez e então levantou-se e instantaneamente seus pés deixaram o chão, flutuando. Na verdade, seu "voo" era desprezar a gravidade, também domínio de seu pai.

O semideus ouviu alguém questionar quem ele era. Seus olhos afiaram olhando o rosto de cada um, pausando longamento no rosto conhecido de Francesca e de Augusto, os quais conhecia com mais proximidade.

E então, a névoa do Oráculo inundou a sala. Fazia certo tempo que o semideus do Vazio não via aquela materialização mística, desde que o velho oráculo perecera.

"Interessante.", pensou ao olhar para a Prole de Apolo. Connor era o nome dele? "Essa criança será útil.", foi seu último pensamento antes de ouvir as letras da profecia, as quais o Wasser sinceramente pouco se importava. Há muito os desígnios dos deuses eram nublados, incompreensíveis e, na grande verdade, profeciais não eram exatamente perfeitas para os semideuses. Elas acontecem, sim. E é exatamente por acontecerem que os semideuses não deveriam se importar: afinal, não mudaria nada.

Assim que a voz da profecia se calou, o amaldiçoado se dirigiu aos seus companheiros, a fim de encerrar a discussão aleatória que se criara ali por motivos no mínimo incompreensíveis.

Eu sou Gregorius, e é um prazer conhecer os antes desconhecidos. Sinto por não estar presente com vocês desde o começo, eu estava um pouco ocupado. Mas acho que não perdi nada, cheguei bem na hora do show. — Seu olhar recaiu novamente no Profeta, analisando-o por alguns segundos, e depois retornou para Augusto e Maxine, parando imediatamente ao olhar para Yuliya, a Mentalista de Psiquê. — Não ligue para o Joe. Claro que eu morro. Inclusive eu estava morto antes de vir para cá. — E sorriu levemente, matando o assunto.

Gregorius flutuou em direção a Augusto, parando diante dele. Seus olhos o fitaram com profundidade e suas respirações podiam ser reciprocamente sentidas. O Filho do Nada circundou Augusto, tocando levemente seu pescoço por trás antes de retornar adiante dele.

Curioso você ter me chamado, levando em consideração quem eu sou. — Gregorius recuou, se afastando dos colegas. Ameaçou estalar os dedos, mas abaixou a mão logo em seguida. Seus ouvidos captaram a voz de Terrence. — Você parece o mais sensato aqui, nesse aglutinado de brigões. Bem, acho que não tenho alternativa senão ir, afinal... "Cautela, semideuses, que o sono vigia", se isso se referir a Hypnos, tenho contas a acertar com esse deus bundão.
Gregorius vön Wasser
Soren Beliares
PROLES DE HEFESTO
Soren Beliares
Localização :
Forja
Qui Jan 04 2024, 22:13

Álcool no metal aumenta a capacidade de criar uma arma sensacional!

O fim da tarde chegava e com ele vinha a chance de sair um pouco da forja para poder distrair a cabeça. Soren já não aguentava mais fazer tantas armas e aparatos tecnológicos, as vezes até pensava em largar a forja e ser só mais um semideus idiota sobrevivendo um dia após o outro, mas seu sonho não podia ser deixado de lado, pelo menos não a longo prazo. Já a curto.

Assim que saiu da forja, o rapaz se apossou de uma garrafa de vinho que deixava em uma geladeira na forja, sempre para esse tipo de ocasião e assim que retirava a rolha da garrafa, já bebia um longo e generoso gole. Porém, sua diversão logo seria interrompida. Seu trajeto até o chalé de seu pai passava pelo de Hades e via os outros conselheiros adentrando, todos com cara de preocupados. Por estar na forja, não havia recebido nada, mas sendo um bom penetra e o conselheiro de Hefesto, decidiu acompanhá-los.

Uma discussão se iniciava logo após uma profecia dita por um dos conselheiros, sua voz mudava e pela dificuldade nas palavras, dava para ver que ele era o novo Oráculo. "Que merda de vida esse rapaz vai ter." Pensou enquanto bebia mais um gole do vinho, já o vendo pela metade.

A discussão prosseguia, todos ali pareciam bastante eufóricos, principalmente três deles. Soren deu de ombros e se sentou a frente de uma mesinha de centro, colocando seus pés ali e dando um forte arroto. -BUUUURP!! Se me dão licença. Peguei o bonde andando. Essa discussão é sobre o que mesmo? E que porra de profecia é essa?- Após sua pergunta, um dos conselheiros respondeu o moreno que sorriu em agradecimento. -Entendi...O jovem larápio ai teve um sonho com o pai dele e organizou essa porra toda. Ai veio o rabo de luz ai falando de uma profecia, que parece verídica e que relaciona os acontecimentos no Monte Etna com o despertar do Apocalipse, é isso? Tem também essa parada de algo estar selado no mundo dos sonhos, cadê os babões de travesseiros para entrar naquele mundinho deles e verificar o que de tão poderoso tem selado lá?- Soren suspirou e olhou para todos, se levantando e bebendo mais um pouco do vinho.

-Na minha humilde opinião. Só deve ir para o Monte Etna, quem tem a capacidade de sobreviver lá fora. E se vocês vão para um Vulcão, nada melhor do que ter alguém de Hefesto, logo, eu vou. Quem ficar aqui, pode ficar responsável por verificar, tintin por tintin dessa profecia ai. Cavaleiros, Leste Brilhante, Mundo dos Sonhos. Tudo tem que ser verificado.- Suspirou e olhou para quem já estava recuando. -Se essa profecia for tão fodida quanto estamos achando que é, iremos morrer. Não adianta chamar os velhotes por que eles já fizeram tudo que vão fazer, que é avisar e dar o poder pra Raven ali. Essa piada é para poucos Então larguem de ser um bando de covardes e coloquem a mão na massa, quem vai pro Monte Etna, vai, quem não vai, que dê 200% de si aqui e resolva todo o mistério. É isso. Falei, tô leve!- O filho de Hefesto se sentava novamente e terminava o seu vinho, enquanto ouvia a todos ali.

tagged it: A arma que mais mata é a nossa mão!



Lance Stone
PROLES DE HADES
Lance Stone
Idade :
25
Dom Jan 07 2024, 04:03

SPARK
LANCE STONE - LONG ISLAND - EUA
A atenção de Lance foi recuperada quando Connor se pronunciou. Quando ele tinha chegado? Até segundos atrás os outros semideuses só estavam brigando, nem pareciam que estavam planejando algo para lidar com o que quer que estivesse rolando. Mas ali estava ele, seu sol da manhã, tarde e noite. Aquele que refletia seu brilho na lua a noite e iluminava sua vida vinte e quatro horas por dia.

Mas espera aí? Como assim ele era o Oráculo? Que droga Quíron e Aquele deus bêbado tinham feito? Connor tinha um futuro pela frente. 'Tinha', no passado. Agora estava fadado a proferir palavras enigmáticas para semideuses famintos por missões. Queria ficar bravo com Connor por não ter contado antes, ou sei lá, ter pedido a opinião antes de fazer isso. Mas não conseguia ficar bravo com seu amado.

“Ele é um adulto, sabe o que está fazendo”. Um pensamento tomou sua mente por um momento. “Você não pode ficar se preocupando com ele pra sempre, pode não estar aqui amanhã para protegê-lo”.

Lance apertou as têmporas, por um momento sentiu uma pontada na cabeça. E mais um convidado chegou, sujando todo o chão com sangue. Pra que se esforçar tanto para deixar o lugar apresentável se as pessoas só sabem sujar? Ah, esquece. Por sorte, Joe era um exímio curandeiro e tratou de ajudar o recém chegado.

Voltou sua atenção para o que importava ali, olhou para Connor e abriu a boca para falar, mas o filho de Apolo já não estava mais ali. Delfos tinha assumido os volantes. Já tinha recebido profecias antes, subido a droga das escadas do sótão, e encarado aquele fantasma, além de ter enfrentado os maiores e mais estranhos desafios nos últimos 12 anos, mas não era nada comparado a ver a pessoa que amava começar a expelir fumaça verde e a falar com uma voz diferente, proferindo palavras que ditariam o destino dos que ali se faziam presentes.

Após a profecia, que mal prestou atenção por preocupação com Connor, se levantou e andou rapidamente em direção ao filho de Apolo, aninhando o semideus em seus braços e o ajudando a ficar confortável em sua cadeira enquanto se ajoelhava ao seu lado.

– Tá tudo bem, meu amor?- disse enquanto passava a mão no cabelo cacheado de Connor, tirando uma mecha da frente dos olhos. - E não precisa se preocupar com o segredo, sei que fez o que devia fazer.

Lance sorriu por um momento, mas é claro que esses moleques imbecis que nunca tinham saído do fundamental iriam fazer alguma coisa errada. Augusto gritava com a filha do Senhor D., que respondeu a altura os insultos, e de surpresa, meu querido primo, um erro igual a mim, atirou uma torrente de água em Maxine.

Aquilo foi a gota d'água, literalmente. Lance respirou fundo enquanto Terrence reprimia os semideuses por seus atos e ajudava Maxine a se secar. Olhou novamente para Connor e sorriu, se levantou e voltou para seu trono. No caminho fez um leve aceno com sua mão direita. Sombras começaram a vazar pelas ranhuras e entalhes do chão de mármore negro e consumiram a água que havia ficado no chão, bem como o copo, que foi expelido pelas trevas em uma lixeira próxima.

Ficou a um passo do trono, e se virou para os outros semideuses, falando alto para se fazer ouvir, cortando quem quer que estivesse falando, e também os novos recém chegados.

– Sei que estão com os nervos à flor da pele por toda a situação e querem um “falar mais alto que o outro”, mas o que vou dizer, é para todos aqui. Não pensem que estão em seus chalés, ou em suas casas para fazerem o que bem entendem. Cedi de bom grado o local por pedido de Augusto, por respeito a vocês, e eu exijo respeito de volta enquanto estão nos domínios de Hades, entenderam? - disse enquanto olhava um por um, deixando transbordar sua aura de melancolia e medo. Esperava que fosse o suficiente para acalmar os ânimos.

O único que não foi alvo da aura do filho de Hades foi Connor. Nunca iria magoar o semideus. Lance se sentou novamente no trono e respirou fundo.

– Bom, não sei como vão se dividir, mas vou para o Oeste, mais especificamente ao acampamento Júpiter. - falou enquanto apoiava o cotovelo no braço quebrado da cadeira e a cabeça no punho fechado. - Meu irmão sumiu naquela direção, e vou pra lá com ou sem profecia.

PODERES:

thanks covfefe

Augusto Wolsk Schönborn
Instrutor de Combate
Augusto Wolsk Schönborn
Idade :
20
Localização :
Acampamento Meio-Sangue
Ter Jan 09 2024, 01:24

a centelha


Um calafrio subiu pela espinha de Augusto assim que a névoa verde tomou conta do ambiente. Antes mesmo que o oráculo proferisse as palavras, ele já sabia que seria ruim, sentia isso em seu âmago e estava sentindo desde o sonho na noite anterior. Era como se tivesse uma enorme bola em seu estômago, lhe deixando enjoado e com um gosto extremamente amargo na boca. Sentia vontade de sair dali, correr para fora do chalé de Hades, que por si só lhe dava arrepios e fingir que nada daquilo estava acontecendo, fingir que não era com ele. Mas era. Pela primeira vez, em anos, era justamente com ele. Não poderia odiar mais essa sensação. Absorveu cada uma das palavras de Connor, a quem outrora possuiu sentimentos conflitantes, mas que agora era apenas o namorado de seu melhor amigo. Os olhos naquele momento se desviaram para Lance, não conseguia imaginar o quão assustador poderia ser assistir à pessoa amada naquele estado, totalmente fora de si e possuída por um ser de milênios de anos.

Estava tão imerso na profecia que se quer tinha reparado a aproximação de Maxine, voltando a si apenas quando a mesma murmurou algo. O sangue, que estava esfriando da breve discussão que tiveram, voltou a esquentar ao passo que se lembrava das palavras proferidas pela filha de Dionísio, que Augusto sequer tivera tempo de responder, interrompido pelo oráculo. Abriu os lábios para revidar, o cenho franzido enquanto o maxilar voltava a travar na expressão que ostentava sempre que ficava com raiva. Ela o tinha ameaçado? Um sorriso cínico e que exalava puro desdém se formou, abrindo alas para a enxurrada de ofensas que viriam a seguir. Quem ela pensava que era? Entretanto, Eliot foi mais rápido.

Gus já tinha passado muitos momentos ao lado do filho de Poseidon, afinal, estavam sempre aprontando umas e outras juntos. Já tinha visto o amigo sorrir e chorar, mas nunca o tinha visto com tanta raiva. Podia ver o peito do garoto subir e descer de maneira rápida após dar um banho - não o tipo que ela esperava - na ruiva e cuspir as sentenças mais pesadas, reais e afiadas que ele poderia. O filho de Hermes pensou em intervir, dizer para ele que não valia a pena, que ela era exatamente uma puta de uma egoísta mimada, mas não conseguia, afinal, Max tinha tocado em sua ferida também. Não o Hermes, o deus era apenas a ponta do iceberg que compunha toda uma infância solitária devido à morte da mãe.

A aproximação súbita de Gregorius arrancou o moreno do misto de pensamentos, fazendo com que o foco estivesse totalmente no rapaz, para Gus, Greg sempre fora misterioso, um enigma a decifrar. Encarou o semideus, agora já nem parecia que a pouco estava ensanguentado no chão — Você ainda é um líder aqui. — Afirmou, erguendo uma sobrancelha para o outro, apesar de todos os apesares, aquela reunião fora destinada a cada um dos conselheiros e líderes de grupos.

A voz grave e severa de Terrence, que talvez Augusto nunca tivesse escutado, tomou conta do ambiente, fazendo o garoto engolir a seco e encolher os ombros, fitando um ponto do assoalho enquanto recebia a bronca do namorado. Tinha sido infantil? Certamente, mas não conseguia se controlar quando era questionado daquela forma, principalmente vindo de Maxine. O olhar só voltou a se erguer e encarar as orbes castanhas que tanto amava quando ouviu a única coisa que não esperava vir de Terrence. "Maxine tem razão". A mágoa, muito provavelmente, estava estampada em sua face agora, não porque tinham opiniões diferentes, isso era muito comum devido suas criações e estilos de vida, mas estava magoado por Terry estar proferindo aquilo na frente de todos, na frente, principalmente, da ruiva que tanto detestava. Para Gus, ele poderia ter se colocado de outra forma e só depois, quando estivessem a sós, expusesse o que pensava de fato.

Augusto não reparou que tinha dado dois passos para trás diante daquilo, como se estivesse se colocando de fora da situação toda. Os braços estavam cruzados de maneira instintiva e auto protetora enquanto deixava o filho de Deméter liderar aquele show de horrores, se sentia esgotado. E pelo visto, Lance também. Assim que o amigo abriu a boca, Gus pôde sentir a mudança no ambiente, o clima ficando ainda mais pesado e melancólico, nada fazia muito sentido então e o garoto só sentia vontade de se encolher em um canto. Estava duas vezes mais apavorado e triste, sabia que eram os poderes de Lay, mas nada podia fazer diante daquilo. A sensação, acompanhada do olhar intimidador de Terrence, era aterradora demais, implorava mentalmente para que Lance parasse com aquilo, era muito para absorver.

Como se lesse seus pensamentos, a angústia foi aliviando, mas o olhar do homem que amava permanecia sobre o seu. Augusto sabia o que aquele olhar significava, conhecia o namorado bem o suficiente para saber quando algo não estava em ordem. Ele não queria que Gus fosse, estava, decerto, desesperado com a ideia. Entretanto, Augusto também se encontrava em desespero. Foi ele que teve o sonho, foi ele que reuniu o conselho e despejou tudo para os outros, foi ele que viu a cena se desenrolar, que viu o olhar de súplica de um deus, de seu pai. Mas, nada daquilo tinha a ver com Hermes, não tinha a ver com se provar para a figura, para o Olimpo, para Maxine ou para qualquer um naquele acampamento. Não queria o reconhecimento deles e muito menos a glória, não mais. Tudo se resumia a uma única pessoa: Terrence. Pela segurança dele faria qualquer coisa, iria para o Etna, para São Francisco e até mesmo para o Tártaro se fosse preciso. Enfrentaria deuses, monstros, mortais e imortais para se certificar de que Terry sempre ficaria seguro, intocável.

E foi com esse pensamento que a prole de Hermes voltou para o círculo, desviando o olhar do namorado e encarando o filho de Hades enquanto dizia — Me ofereço para ir com o Lance pra São Francisco… — A voz saiu baixa e falhada, mas não sentiu vergonha disso. Estava visivelmente assustado, sentia como se tivesse traindo Terrence, quebrando cada uma das expectativas dele, no entanto, não parou e nem se atreveu a olhar para o filho de Deméter — Yuli, você pode vir com a gente, traçamos a melhor rota para São Francisco e tentamos descobrir a localização do Júpiter. Eliot, se eu puder te dar um conselho, fica, vamos precisar redobrar as defesas do acampamento, seria bom contar com um dos três grandes pra isso enquanto o outro vai com a gente. — A fala agora já era mais firme, tomada pelo instinto de batalha, nunca fora um estrategista exímio como os filhos de Atena, mas seus anos como instrutor de combate lhe deram uma boa noção do que fazer em situações assim — Gregorius, você funciona bem sozinho, acho que pode tentar descobrir uma coisa ou outra por aí, certo? — Voltou a atenção para o primo e Francesca, umas das duas pessoas que mais confiava naquele ambiente — O Soren se voluntariou para ir ao Monte e com certeza ele é a pessoa certa pra isso, mas restam dois. Bryan? Fran? — Questionou, sabia que se um fosse o outro também iria, como ímãs, um nunca longe demais do outro.

Pensar sobre aquilo fez com que um bolo quente se formasse em sua garganta. Podia sentir o rosto ficando vermelho enquanto piscava repetidas vezes para impedir que as lágrimas viessem à tona. Sabia que profecias não eram literais e que aquela poderia ter um milhão de interpretações diferentes, entretanto, havia muito em jogo. Havia Yulia, a garota pequena e que via as coisas sempre de forma literal demais, mas que havia conquistado seu espaço no coração de Gus e era uma das feiticeiras mais poderosas do acampamento; tinha Lance, seu melhor amigo, aquele que já tinha sido alvo de sentimentos intensos, mas que foram passageiros; havia Bryan, seu sangue mais que todos os outros, o outro único Schönborn que restara, um dos lutadores mais experientes que o acampamento tinha e Fran, que era como uma irmã, o motivo da felicidade diária de seu primo, aquela que era o elo entre todos eles; e por fim, Soren, a quem não tinha um vínculo forte, mas conhecia e respeitava o semideus como um dos melhores ferreiros já vistos. Era um peso enorme, um fardo muito grande para carregar.

— Temos um plano então? Acho que vocês querem comunicar ao Quíron e ao Sr. D agora… — Murmurou, exausto, os braços pendiam ao lado do corpo na postura cabisbaixa — Dependendo do que eles falarem, devemos partir em breve. — Deixou um suspiro logo escapar e fitou finalmente os olhos daquele que estava acima de todos, daquele que era o motivo real para estar fazendo aquilo. Esperava e torcia com todas as forças para que encontrasse algum tipo de apoio no olhar de Terry, precisava desesperadamente apenas dele naquele momento.


importante:
Aaron Bloodmourne
Justiceiros de Nêmesis
Aaron Bloodmourne
Localização :
NY
Ter Jan 09 2024, 23:11
fucked up

Um segundo e meio, foi o tempo necessário para interligar as próprias sombras entre São Francisco e o acampamento meio sangue logo após a mensagem de Íris, entregue de maneira gratificante enquanto o semideus buscava retomar o próprio fôlego após um combate não muito confortável contra novos inimigos, que possuíam um poder que ele não imaginava ser possível, muito menos lembrava-se de enfrentar em outros momentos de sua vida, pelo corpo, algumas feridas ainda eram um problema um pouco mais ardido do que se lembrava, mas não importava, se havia sido convocado, um problema existia.

As runas de espaço e deslocamento brilharam em frente ao rosto dele, dobrando as sombras até que aterrissou em um canto qualquer do local demarcado como da reunião dos semideuses, estava atrasado, bom, só se importava em ser pontual quando o assunto era Ava – Desculpem-me o atraso, o trânsito em São Francisco estava bombástico. – sorriu, limpando um pouco do sangue que tinha em suas mãos enquanto a armadura amassada começava a se desfazer retornando ao aspecto de jaqueta que sempre tivera, naquele meio tempo havia escutado um pouco do discurso final de Augusto, pelo visto eles tinham mais informações que ele, afinal, se soubesse da confusão no leste, teria tomado um pouco menos de pancadas.

Sei que estou atrasado, mas acho que posso colaborar um pouco sobre a situação de São Francisco, estava lá há pouco e me deparei com uns caras um pouco mais desconfortáveis do que outros. – buscou o ar, sentindo ainda o coração e respiração acelerados devido ao combate enfrentado há poucos minutos, junto da descarga de adrenalina que começava a sumir, transformando agitação em dor – Eram inimigos que pareciam possuir o poder de necromancia, quase como um corpo dividido em partes iguais, um líder que cedia poder para seus liderados e, a cada morte, ele ficava mais forte. – puxou uma cadeira, jogando o corpo pesado contra ela, olhando para Augusto e depois para Lance – Consigam ferro estígio, será de grande valia.

Eu posso jogar vocês em São Francisco, mas não posso acompanhar, eu recebi um alerta de Nêmesis, um inimigo que enfraquece até mesmo os deuses está à solta, eu vou ficar como uma carta coringa e buscar agir onde mais precisar de minha força. – o filho de Nyx era pontual em suas palavras, um equilíbrio das forças deveria ser mantido, não conhecia a situação em sua visão macro, mas talvez agir como um coringa fosse a situação mais saudável naquele instante. Ainda teria que se curar dos ferimentos e reparar a armadura ferrada pelo capeta da nuvem de sangue.

– Existe mais alguma confusão rolando? Se puder me resumir, talvez eu possa ajudar.


change your ways. change your mind. go back to sleep. begin again. be done. break a vow and make a new one but please stay
Francesca Montecchio
PRINCESA E MONTADORA DE DRAGÕES
Francesca Montecchio
Qui Jan 11 2024, 03:13
-
I'll give
your war



O Chalé de Hades, envolto na penumbra característica do reino dos mortos, servia como cenário sombrio para a introspecção de Francesca. Enquanto as sombras dançavam ao redor, cercada por outros semideuses, cada um carregando seu fardo peculiar. Sua expressão era marcada por uma melancolia profunda, uma sombra que pairava sobre a beleza do momento.

A vida de um semideus era repleta de desafios e perigos, uma constante dança entre a sobrevivência e a aventura. Francesca, embora abençoada pela deusa do amor, carregava o peso de seus dons divinos como uma corrente invisível. Seu coração, outrora repleto de paixão e amor, agora estava envolto em uma névoa de preocupação e medo.

Seu olhar se perdia, refletindo a incerteza que habitava sua mente. Os riscos iminentes não se limitavam apenas a ela, estavam todos entrelaçados nessa teia de destinos incertos. Seus pensamentos vagavam para Bryan, relembrando cada olhar trocado entre eles, cada riso compartilhado, era uma centelha de luz em meio à escuridão de suas vidas como semideuses. No entanto, essa luz era constantemente ofuscada pela sombra iminente das batalhas e dos perigos que espreitavam em cada esquina.

Cada momento juntos era precioso, mas a sombra da possibilidade de perdê-lo pairava sobre ela como uma tempestade iminente. Ser amada por um filho de Ares era um presente, mas também um fardo, já que a guerra e o caos pareciam sempre à espreita.

Francesca suspirou, sentindo um nó na garganta que ameaçava desfazer-se em lágrimas a qualquer momento, apesar de toda confusão que acontecia ao seu redor, o foco da filha de Afrodite não estava ali, estava distante. Ela questionava a natureza de sua existência como semideusa, onde a felicidade era sempre temperada pela sombra da tragédia. As batalhas épicas e os monstros mitológicos eram parte de seu cotidiano, mas o verdadeiro desafio residia na constante preocupação pelos entes queridos.

"Será que algum dia poderemos simplesmente viver nossas vidas sem olhar por cima dos ombros, esperando a próxima ameaça?", pensou ela, com os olhos fixos em um canto qualquer. Sua mente vagava por labirintos de sentimentos conflitantes, enquanto o amor e a angústia travavam uma batalha silenciosa dentro dela.

- Eu quero que os deuses e seus problemas se fodam! - ela murmurou, mas sua voz, embora risonha, carregava um tom amargo de desafio. As palavras escaparam como um suspiro carregado de exaustão, revelando a frustração que ela guardava por tanto tempo: Eu não quero ser um peão de mais um de seus jogos, deixem que sucubam, deixem que caiam. - engoliu seco após a última palavra, ela sentia que estava amaldiçoando a todos ali, mas não conseguia evitar, o peso em seu coração gritava para que todos recuassem e apenas se protegessem.

A resposta veio na forma de silêncio. A ira de Francesca, no entanto, não se extinguiria tão facilmente. Ela sentia a dor de cada semideus, a angústia dos irmãos que partiam em missões perigosas, sem garantia de retorno. Seu coração, normalmente tão repleto de amor e compaixão, transbordava com a fúria de uma deusa cuja paciência fora testada até o limite.

- Quer saber… Bryan decide. Esqueçam o que eu disse, apenas, sejamos os herois que nossos pais esperam. - Seus dedos tocaram sua testa, como se buscasse aliviar a pressão que se acumulava em sua mente. A fachada egoísta que construíra escondia um cansaço emocional profundo, uma ferida que não podia ser apagada por palavras de revolta. Afinal, era difícil ir contra o senso de dever e responsabilidade que a mantivera ligada aos deuses, era difícil ir contra a família que havia construído ali, era difícil ir contra o filho de Ares que dominava o seu coração.


Hades's Cabin Conselheiros
i
bettyleg


Bryan von Schönborn
CEIFADORES DE THANATOS
Bryan von Schönborn
Localização :
Coladinho com minha filha de Afrodite
Sáb Jan 13 2024, 15:55

BRYAN 'THE KID' VON SCHONBORN

23 ANOS — CEIFADOR — BRYAN — ARES — INCONSEQUENTE

Tudo ao redor ainda estava muito agitado desde a aparição de Gregorius. Os pensamentos de Bryan iam do local em que estava para o distante monte Etna no qual todos comentavam. Ele não conseguia entender a razão disso, mas era capaz de dizer que iria encontrar as respostas uma vez que tivesse lá. As vozes de todos que estavam gritando e discutindo, até mesmo a voz cortante de Lance logo em seguida não conseguiram tirar uma única reação do rapaz, mas no momento em que a voz de Francesca tocou seus ouvidos, a mente do rapaz estremeceu e ele voltou para o presente.

Por mais que a voz dela não estivesse alta, tinha um poder sem igual para atrair a atenção de Bryan. Virando seu olhar de encontro ao da semideusa, ele segurou sua mão de forma terna, buscando reafirmar que ele estava ali por ela e também sabia que ela estaria ali por ele. Com alguns pensamentos conflitantes ele ainda abriu a boca para expressar o que estava sentindo.  — Amor meu, eu sei que isso pode ser um pedido egoísta, mas eu tenho que ir para lá. Tem algo que eu preciso descobrir e sei que a resposta está lá. — Ele se sentia culpado em arrastar ela mais uma vez para toda essa bagunça, sabia o quanto ela gostava de sua vida anterior e o quanto se esforçava pra se adaptar a essa nova realidade, mesmo não a aceitando completamente. — Eu quero que você vá comigo, na verdade, eu preciso de você comigo. Com tudo isso acontecendo não consigo ficar tranquilo com você longe.

Um olhar convicto surgiu no rosto do rapaz após suas palavras que não eram nada mais que um desabafo. Talvez sua fala não tivesse atraído a atenção dos demais, o que por um lado era uma coisa boa. Olhando ao redor da sala, inspecionando cada um daqueles presente, sabia que talvez fosse a última vez que veria alguns deles ou talvez todos, o futuro era tão incerto quanto poderia ser. O pensamento do possível embate que se aproximava fazia o sangue do semideus ferver, como um filho do Deus da Guerra, sempre estaria pronto para tomar a liderança em combate. Seu olhar tremeluziu por uma fração de segundo uma cor vermelha tão viva quando o sangue.

Tenho tudo que preciso comigo. Já estive em uma região próxima do Monte enquanto fazia uma das missões, então consigo nos teleportar para lá. Então assim que você e o Soren estiverem prontos, podemos partir. — disse o semideus ao filho de Nyx. Virando a cabeça para olhar para Augusto, Terrence e Lance, Bryan esboçou um sorriso — Espero que possamos nos ver assim que tudo acabar. — Ao virar para sua amada mais uma vez, Bryan só podia exibir um semblante que continha culpa. — Eu prometo pra você que essa será a última vez.


Maxine Strathham
PROLES DE DIONÍSIO
Maxine Strathham
Idade :
20
Localização :
Acampamento Meio-Sangue
Sex Jan 19 2024, 10:28

'Cause darling,

I'm a nightmare dressed like a daydream

Maxine não tinha a intenção de protagonizar nenhuma outra cena naquele pequeno conselho, mas Eliot tinha uma ideia diferente da dela. Ela mal tinha se estabelecido próxima da saída do chalé quando o jato de água a encontrou. Diretamente do rosto, a deixando sem fôlego pelo impacto e pelo susto. Não tinha sido o suficiente para machucá-la, mas agora a ruiva estava completamente encharcada, com os cabelos escorridos e a roupa arruinada. E não tinha acabado, é claro.

As palavras de Eliot eram como navalhas contra sua pele; mais frias que as gotas que escorriam pelo seu corpo. Não devido ao seu conteúdo, mas, sim, pela intenção dele de machucá-la. Ninguém diria aquelas coisas sem a intenção de acabar com quem fosse que estivesse ouvindo. Entretanto, ela ouviu em silêncio e, passado o susto inicial, se concentrou em: 1) não matá-lo ali, na frente de todos e 2) não chorar ali, na frente de todos.

Quando o rapaz terminou, Max tirou delicadamente alguns fios grudados em sua bochecha e pescoço, e os jogou para trás, com uma graça inabalável. Em seguida, se aproximou de Eliot. O tom de voz era baixo e manso, como se estivesse falando com uma besta selvagem. Seus olhos, contudo, brilhavam febris, demonstrando todo o ódio e desprezo que estava sentindo pelo rapaz naquele instante.

Sabe, Eliot, eu poderia te ameaçar por diversão, mas… — Parou, parecendo captar algo. Contraiu e relaxou as narinas, como se sentisse um cheiro muito forte. Um cheiro que vinha de Eliot. — … Mas eu acho que não preciso. Consigo senti-la em você. A mesma coisa que matou a sua mãe. Ela está aí, é só questão de tempo de você notá-la também. — Abriu um sorriso, completamente envenenado. Se era verdade ou estava apenas apunhalando-o como ele tinha feito com ela instantes antes, não deixou transparecer.

Não se importou em defender-se das palavras ditas por Eliot. A maior parte das coisas que ele tinha dito era verdade; realmente era uma puta de uma egoísta mimada. Assim como Eliot era ridiculamente desequilibrado em suas emoções, ou Gus era carente de atenção paterna. Todos, sem exceção, tinham defeitos que poderiam matá-los. Fazia parte do que eram, como criaturas semi-divinas. A diferença entre Max e eles era que ela tinha abraçado seus pedaços, os bons e os ruins, e tinha transformado sua vida em algo além de ruminar o que não podia ser mudado.

Obrigada, Terry. — Murmurou, aceitando a toalha oferecida, e passou a se enxugar em silêncio enquanto devoto de Hera parecia ser o único com as sinapses do cérebro funcionando. À menção de segurá-la, entretanto, não era necessária, já que Maxine não tinha intenção de atacar Eliot. Não na frente de tantas testemunhas, obviamente.

O conselho seguiu, muito mais objetivo após a intervenção de Terry. Max, que tinha perdido completamente o interesse após tantos ataques à sua pessoa, ficou à margem da conversa, secando seus cabelos distraidamente, embora, no fundo, apenas estivesse se concentrando para não chorar na frente de todos. Quando cada um parecia ter escolhido seu destino, ela se acendeu novamente, com uma imagem muito mais seca. — Eu irei informar Quíron e o Sr. D a respeito do que foi resolvido neste conselho e fazer com que eles concordem com os nossos termos. Afinal, buscar vinho da cozinha para quem manda nesse lugar tem lá os seus benefícios. — Apesar da alfinetada, foi para Gus que Maxine olhou. — Terminamos por ora? — Questionou, referindo-se àquela reunião.  
Yuliya Martin
MENTALISTAS DE PSIQUÊ
Yuliya Martin
Idade :
20
Localização :
Acampamento Meio Sangue
Sáb Jan 20 2024, 12:50


EuConselheiros



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Chalé de Hades


A Centelha


Decisão


Levanto-me - Certo, irei com vocês! - digo aceitando a sugestão de Augusto.

Após todos despejarem suas frustrações, de certa forma, fariam algo, ninguém dali iria ficar completamente alheio à situação; mesmo contra sua vontade, como Francesca, por exemplo. Isso de certa forma me incomoda, pois boa parte do sucesso das missões viriam do comprometimento. Mas, bom, pensando bem, se ela está com Bryan, ela faria o possível e o impossível, se não for pela missão, por ele. Acho que está tudo bem.

Ainda assim, sinto a necessidade de dizer algo. Para alguns, eu poderia ser apenas uma bruxa pirralha, mas outros ainda preferiam ouvir o que eu tinha a dizer pelo fato de ter sido abençoada por Psiquê. Em um longo suspiro, evito ser invasiva, mas falo calmamente, sem levantar o tom de voz usando o auxílio de meus poderes para que todos ouçam em sua mente claramente o que digo. Se eu tivesse que levantar a voz, talvez outros discussão começasse e eu seria mal interpretada.

- Acho que está decidido. Só que pontuar que, não somos somos peões aqui. Nossos pais, mães, irmãos, amigos mortais, estes sim são peões no meio de tudo isso. Mal sabem o que acontece por trás da névoa, simplesmente são esmagados pelas ameaças que surgem de tempos em tempos, sem conseguirem fazer absolutamente nada.

Faço uma pausa, deixando todos assimilarem a mensagem.

- Podem julgar injusto termos que nos responsabilizar pelo que acontece, mas se queremos um lar para viver em paz, precisamos primeiramente que ele exista, não é? Não sabemos ainda a magnitude do que está se levantando, é isso que vamos descobrir. Maxine, também acho que você tem um ponto válido, embora simplista. Vamos resolver isso, mesmo que precisemos nos separar fisicamente, temos que nos manter unidos na mente. Só assim temos chance.


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Lance Stone
PROLES DE HADES
Lance Stone
Idade :
25
Sáb Jan 20 2024, 23:41

SPARK
LANCE STONE - LONG ISLAND - EUA
Depois dos ânimos terem se acalmado, viu como sua aura de melancolia estava afetando Augusto no momento que cruzaram os olhares. Como Lance pode esquecer de seu melhor amigo? Então suprimiu sua aura. A todo momento se concentrava para suprimi-la e não afetar as pessoas próximas, o que às vezes deixava o semideus fadigado. Era muito mais fácil deixar ela vazar, mas Lance não gostava de como isso afetava as pessoas e só liberava quando precisava.

Ouviu o que Soren, depois Augusto, a chegada de Aaron, e as declarações de Francesca e Bryan e o discurso de Yuliya. O semideus apoiou os braços nas pernas e começou a falar.

– Concordo com o que Augusto diz. Preferiria ir sozinho para São Francisco, mas a profecia sempre dá um jeito de interferir. E Yuliya tem grandes poderes místicos, com certeza vai ser uma grande adição a missão - Lance se ajeitou na cadeira. - Para quem for ficar no acampamento, não se sintam obrigados. Sei que muitos aqui tem família mortal fora do acampamento, e às vezes é melhor ir e protegê-los, pois isso não vai afetar só nosso mundo, mas também o deles. Mas quem decidir ficar, deixe as intrigas e diferenças de lado e lutem para proteger uns aos outros. - disse olhando para Eliot e Maxine.

Lance deu um suspiro cansado.

– Sei o que pensam dos deuses, que sempre quando precisam, nos envolvem nas batalhas deles. Mas não pensem que estamos fazendo isso por eles. - Olhou para Connor que se recuperava da possessão de Delfos e deu um leve sorriso - Fazemos isso por quem amamos. Por isso vamos lutar, e vencer essa guerra.
thanks covfefe

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