Bryan notou que sua amada havia saido do chalé onde estavam e após uma curta troca de palavras com os conselheiros presente, se despediu e foi embusca dela. Não muito longe de onde estavam, ele a encontrou olhando para o céu. Quando seus olhos se cruzaram, o filho de Ares pode sentir uma pontada no coração causada pelo olhar triste que estava estampado na face da semideusa.

A súplica que chegou ao seus ouvidos foi acompanhada de uma demonstração de fraqueza que era raramente vista pelo jovem. Francesca que sempre se mostrava corajosa, animada e brincalhona, estava tão pra baixo quando um passarinho que tinha se perdido do ninho. Quase que de forma instantânea, Bryan envolveu seus braços ao redor do corpo dela, numa tentativa de demonstrar que ele estaria ali sempre que ela precisasse. Era angustiante ver a pessoa que amava passar por isso e ser incapaz de fazer algo sobre.

— Eu sei de um lugar onde podemos ir... — O filho de Ares comentou antes de passar a mão sobre os cabelos dourados que estavam caindo sobre o rosto depois que o abraçou, exibindo seu rosto elegante que o havia cativado desde o primeiro olhar. De forma carinhosa ele se abaixou e beijou sua testa, antes de pegar a mão da garota e acompanhá-la até onde estava sua moto.

Quando chegaram próximos do veículo, ele pegou o capacete preto e colocou sobre a cabeça, entregando o capacete rosa restante que obviamente pertencia a filha de Afrodite. — Segure-se firme, estaremos lá mais rápido do que você pode esperar. — Ele não havia dito para onde iriam e queria manter a surpresa até chegarem. A moto não era das mais silenciosas, então assim que ligaram o motor e começaram a partir, havia a chance de terem alertado alguém que estivesse próximo.

Bryan já havia decorado esse trajeto a algum tempo, afinal de contas não era a primeira vez que eles passaram por lá. Quando passavam pelas ruas de New York, Francesca sempre apontava para o antigo estúdio onde estudou balé quando era mais nova. Infelizmente agora o local era apenas uma memória do passado, pois fechou devido a falta de alunos recentes.

Não havia passado nem meia hora até chegarem ao local, onde provavelmente Francesca já devia reconhecer. Estacionando na outra calçada, Bryan tirou o capacete e desceu da moto junto com a filha de Afrodite, pegando-a pela mão e indo em direção a um beco na lateral do estúdio. Um sorriso sorrateiro que só aparecia em seu rosto quando ele tava pronto pra fazer alguma coisa errada estava estampado por toda a face. Olhando bem para todos os lados e tendo certeza de que não havia ninguém em volta, ele se aproximou da porta dos fundos e com um puxão, arrancou o cadeado que prendia as correntes na porta. — Vamos antes que alguém veja.

O local estava completamente escuro, mas isso não era um problema para Bryan, que já havia superado esse tipo de problema com os poderes concedidos por Thanatos desde que virou um ceifador. Tateando a parade em busca de um interruptor, ele o achou na parede a frente. De forma milagrosa ainda havia energia no local. Ele se virou e com um sorriso radiante perguntou a sua amada — Ainda é como você se lembra?

Esse era um dos poucos lugares que Francesca falava com alegria quando lembrava seus esforços para ser uma atriz mirim. Todo seu esforço era posto a prova nesse lugar e muitas das suas horas também. Mesmo que fosse para se aperfeiçoar como futura atriz, essa era uma das poucas coisas que gostava realmente de fazer e não se sentia obrigada, diferente das outras habilidades que teve de aprender.

— Sei como esse era um lugar especial pra você, então achei que seria bacana te trazer pra cá, uma época onde a vida não era tão complicada quanto agora. — disse o filho de Ares.